segunda-feira, 9 de maio de 2011

VITORIA PARA OS HOMOSSEXUAIS

 

Em busca de desenvolvimento, a humanidade arriscou navegar nos mares da tolerância às diversidades. Venceu algumas batalhas contra o medo e a violência, mas ainda é incapaz de se livrar completamente da pesada bagagem de controle e encaixe, reproduzindo discursos condenatórios regulados pelas instituições tradicionais.
Negros, mulheres, judeus, homossexuais, imigrantes, indígenas, entre tantos outros grupos, foram alvo de constrangimentos, julgamentos e brutalidades impulsionados por políticas de higienização social, pautadas no ideal de pureza da sociedade.
Por outro lado, estes grupos não foram apenas vitimas. Resistiram, se organizaram e introduziram no debate publico suas pautas e demandas, por reconhecimento, criticando os discursos condenatórios e evidenciando os modos de poder exercidos.
Entre os grupos vulneráveis, os homossexuais possuem particularidades já que, os negros, as mulheres, e outros, suas praticas sexuais são condenadas moralmente. Atravessaram os patamares da vida entre clandestinidade e a evidencia, o crime e o direito, a subversão e a cidadania.
A homossexualidade já foi considerada como praga, pecado, abominação, rebeldia, mas também liberdade, direito, moda e arte.
Portanto, as praticas classificadas como homoeróticas não são novidade. Hoje, podem ser tudo isso e aquilo ao mesmo tempo a depender do olhar que lhe é lançado.
Protagonista no teatro do mundo ou coadjuvante nos bastidores do grande espetáculo, a homossexualidade atravessou a instável fronteira dos costumes com visto de entrada ou como indesejável imigrante ilegal. De maneira ou outra esta no foco de olhares curiosos ou repressores da sociedade que busca encontrar caminhos para sua compreensão, aceitação, regulação, e encaixe.
E é falando nesse foco no qual se encontra essa eterna discussão, que na quinta feira dia 05/05/2011, o Brasil deu um importante passo no combate ao preconceito, através do STF (Supremo Tribunal Federal), reconhecendo a união homo afetiva como entidade familiar. Para isso vai bastar que a união configure em uma convivência publica, duradoura, e que tenha como objetivo a constituição familiar.
Uma vitoria para todos aqueles que por muito tempo viveram nas sombras do preconceito, muitas vezes tentando adotar uma criança e sendo barrado pelo mais puro sentimento de desprezo, pois muitas mães que jogam seus filhos em latas de lixo, rios, ou simplesmente tiram suas vidas, não tem um pingo de valor perto de pessoas que querem adota – lãs e talvez até dar uma vida que jamais poderiam ter.
A própria Constituição defende a liberdade, e optar por sua sexualidade esta incluído sim nesse parâmetro, de liberdade a vida e de livre escolha do modo de viver.
Parabéns a nação brasileira, por mais essa conquista, e que depois dela venham muito mais conquistas para que possamos ser cada vez mais um país livre.

ABRAÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!

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